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Inadimplência no agro volta a castigar o Banco do Brasil

A inadimplência no agro não para de subir — pelo menos é o que mostra o balanço do Banco do Brasil, que lidera a concessão de crédito no setor.

Os resultados divulgados no início da noite mostram que a inadimplência superior a 90 dias, na carteira agro da instituição, passou de 3,04%, em março, para 3,49% em junho. Há um ano, ela era de apenas 1,32%. Acima de 90 dias, o ativo já é considerado problemático, ou seja, existe um problema na recuperação do crédito.

A inadimplência total do banco subiu para 4,21% da carteira ante 3% em junho de 2024. O agronegócio representa cerca de um terço da carteira de crédito do Banco do Brasil.

“Apesar do cenário positivo para a safra no Brasil em 2025, com uma colheita recorde, e do elevado percentual de garantias nessa carteira, há um estoque de operações que não foram pagos na safra 2024/2025, inclusive, por conta das recuperações judiciais no setor – que exigem maior provisionamento sob a nova regulação”, explicou o banco.

A instituição financeira refere-se à resolução 4.966/2021, que impôs uma visão mais conservadora sobre a qualidade dos ativos no balanço dos bancos. No primeiro trimestre, o resultado do BB já havia sido impactado pela nova norma.

No segundo trimestre, a inadimplência superior a 30 dias também continuou aumentando, atingindo 5,53% da carteira de crédito em junho, que somava R$ 405 bilhões. Em março deste ano, estava em 4,11%. Em um ano, o indicador mais que dobrou.

Diante do aumento da inadimplência, o banco estatal informou que tem adotado ações imediatas, como a revisão dos fluxos de cobrança, priorização de desembolsos priorizando a resiliência, maior concessão em linhas que possuem mitigadores ou fundos garantidores e reforço no relacionamento com os clientes.

As perdas esperadas contribuíram para o aumento no custo do crédito, explicou a instituição. No segundo trimestre, o custo de crédito do BB atingiu R$ 15,9 bilhões e mais que dobrou em relação ao mesmo período de 2024.

O lucro líquido ajustado caiu 60% em 12 meses, para R$ 3,78 bilhões, e ficou bem abaixo das estimativas do mercado. Em relação ao terceiro trimestre, a queda foi de 49%.

O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE), um indicador de rentabilidade do banco, despencou de 21,6% para 8,4% em 12 meses. No primeiro trimestre, o ROE ficou em 16,7%.

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