Com recorde de inscritos, leilão de áreas do pré-sal em dezembro terá sete blocos

Com recorde de inscritos, leilão de áreas do pré-sal em dezembro terá sete blocos

NICOLA PAMPLONA
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – A ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis) informou nesta quarta-feira (20) que sete áreas do pré-sal receberam manifestações de interesse de petroleiras e, por isso, serão oferecidas em leilão previsto para dezembro.

É o leilão do pré-sal com o maior número de inscritos desde que o modelo atual de oferta de áreas para exploração e produção de petróleo no Brasil foi estabelecido, em 2022, em um sinal de que o setor mantém o apetite por novas reservas mesmo sob pressão de organizações ambientalistas.

A ANP apresentou ao mercado 13 áreas, mas só levará a leilão as sete que receberam manifestações de interesse. Se todas forem arrematadas, o governo arrecadará R$ 160 milhões em bônus de assinatura -nos leilões do pré-sal, o bônus é fixo e ganha a empresa que oferece maior volume de petróleo ao governo.

Entre as áreas que vão a leilão, duas estão na porção sul do chamado polígono do pré-sal, mesma porção onde está o bloco Bumerangue, onde a britânica BP diz ter feito sua maior descoberta de petróleo e gás em 25 anos.

São as áreas Esmeralda e Ametista, que têm bônus de assinatura de R$ 33,7 milhões e R$ 1 milhão respectivamente. Ambas são consideradas pela ANP áreas de elevado potencial. Além delas, o leilão terá as áreas de Jaspe, Citrino, Larimar, Ônix e Itaimbezinho.

Entre elas, a de maior bônus de assinatura é Jaspe: R$ 52,2 milhões e percentual mínimo de óleo-lucro (a fatia da produção que fica com a União após o desconto dos custos) de 16,72%. Fica colada a um bloco onde a Shell fez descoberta de gás natural recentemente.

A Petrobras avisou ao governo que quer exercer direito de preferência para essa área. Isso lhe garante o direito de pedir participação no consórcio vencedor, como operadora, mesmo que sua proposta no leilão seja derrotada.

Será o segundo leilão de áreas para exploração de petróleo no Brasil em 2025. No primeiro, realizado em junho, a ANP concedeu 34 blocos fora do polígono do pré-sal -dentre eles, 19 blocos na bacia da Foz do Amazonas, alvo de embates entre as áreas ambiental e energética do governo.

O leilão esteve na mira de organizações ambientalistas ao redor do mundo, que questionaram principalmente o incentivo dado pelo governo à abertura de uma nova fronteira exploratória na costa da Amazônia.

Além da Petrobras, foram habilitadas para o leilão do pré-sal gigantes globais como a americana Chevron e a inglesa Shell; estatais da China (Cnooc e Sinpec), Colômbia (Ecopetrol) e Qatar (Qatar Energy); e petroleiras independentes brasileiras, como 3R e Prio.

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