Cosan (CSAN3): Recuperação tão esperada pode acontecer, mas existe um dilema perigoso

Cosan (CSAN3): Recuperação tão esperada pode acontecer, mas existe um dilema perigoso

No último domingo (21), Rubens Ometto deu um golpe na dívida da Cosan (CSAN3) com um movimento astuto. Conforme destaca o portal Seu Dinheiro, a empresa conseguiu levantar até R$ 10 bilhões com sócios renomados. Mas calma aí, o que parecia um desfecho feliz pode não ser bem assim. O mercado já está pegando suas pipocas para ver o desenrolar da situação.

O que está em jogo na Cosan (CSAN3)?

A expectativa é que a oferta de até 2 bilhões de novas ações, a R$ 5,00 cada, que representa um desconto considerável, inflacione a diluição dos atuais acionistas. Apesar de analistas comentarem que esse aumento de capital é uma respiração necessária, o apetite do mercado é outro. As ações CSAN3 simplesmente despencaram mais de 20% na segunda-feira (22).

O dilema da diluição

Como aponta a análise, a diluição prevista pode chegar a até 40%. O que, convenhamos, não é uma pechincha. Para a XP Investimentos, a estrutura limita a participação dos pequenos investidores, que podem ver seu percentual minguar mesmo que decidam participar da oferta. Neste cenário, sua diluição pode ser até 17,3% — um verdadeiro desafio para quem já está na linha de frente.

A sombra da Raízen (RAIZ4)

Os problemas não param na holding. A subsidiária Raízen é o verdadeiro calo no pé da Cosan. Sinaliza a necessidade urgente de capital a qualquer momento. Críticos no mercado veem que a solução para a Raízen pode sair ainda mais cara e que o aporte atual não foi a cura milagrosa esperada.

Menos juros, mais dividendos

Na balança, o UBS BB vê o copo meio cheio: a capitalização garantiria uma gestão mais saudável no longo prazo. A eliminação de cerca de R$ 1 bilhão por ano em juros pode ser a chave para que os dividendos voltem a ser pagos antes do previsto, e quem não iria querer isso?

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