Conforme destacado pela XP em suas previsões, o Ibovespa pode surpreender e alcançar 170 mil pontos até o final de 2026. Essa promessa pertinentemente substitui a expectativa anterior de 150 mil pontos para este ano, ancorada em um valuation que desperta o interesse dos investidores. Atualmente, o índice é negociado a 9,3 vezes o P/L projetado, refletindo uma relação atrativa entre preço e lucro.

Transformação no mercado

De acordo com a XP, setembro foi um mês glorioso para a bolsa brasileira. Enquanto isso, o Federal Reserve (Fed) iniciou cortes de juros, levando investidores a buscarem ativos de risco sem medo. Como resultado, o índice EEM, que segue o desempenho de mercados emergentes, disparou 7%, enquanto o mercado brasileiro vibrou com ganhos de 5,6% em dólar e novos recordes em reais.

Desempenho até agora

No acumulado de 2023, os números são dignos de aplausos, com uma alta de 41% em dólar. O Brasil ganha terreno em comparação com países como México (44%) e Colômbia (52%). Porém, a festa pode estar no fim, pois a Selic, a taxa de juros, ainda é um ponto crucial nas discussões, e muitos ainda se voltam para a renda fixa.

A rotação do capital local

Pela informação da XP, brasileiros têm R$ 10 trilhões em ativos, mas apenas 6% em ações. Se a Selic for reduzida, a migração de recursos para ações poderia significar R$ 600 bilhões a mais na bolsa. Em suma, enquanto os cortes do Fed costumam beneficiar o MSCI Brasil com um aumento médio de 2,8% no mês, o desempenho do consumidor deve sair por cima nas próximas rodadas de investimento.

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