Dívida pública federal cresce 1,55% em dezembro e encerra 2024 em R$ 7,316 tri

A dívida pública federal fechou 2024 em 7,316 trilhões de reais, informou o Tesouro Nacional nesta terça-feira, prevendo que ao final de 2025 o estoque poderá subir a até 8,500 trilhões de reais.

Em valores absolutos, o crescimento da dívida no ano passado foi de 795,7 bilhões de reais, com impulso de uma alta de 1,55% em dezembro ante novembro. O dado final ficou dentro do intervalo de 7,0 trilhões a 7,4 trilhões de reais estabelecido como meta no Plano Anual de Financiamento (PAF) do Tesouro para 2024.

No fechamento do ano, a reserva de liquidez — colchão de segurança para gestão da dívida pública — ficou em 860 bilhões de reais, abaixo do patamar de 982 bilhões de reais do fim de 2023. O valor é suficiente para bancar 6,24 meses de vencimentos à frente, patamar considerado confortável pelo Tesouro.

Em relação ao custo médio do estoque da dívida, o nível subiu para 11,80% ao ano, ante 10,51% no encerramento do ano anterior. O custo médio das emissões da dívida interna, por sua vez, recuou para 11,04%, ante 11,62% em dezembro de 2023.

O prazo médio da dívida subiu de 3,95 anos em 2023 para 4,05 anos no fim de 2024. O dado ficou dentro do intervalo de 3,8 anos a 4,2 anos definido no PAF.

No fechamento do ano passado, o volume de títulos a vencer em 12 meses cumpriu o que havia sido estabelecido como meta pelo Tesouro no PAF. O patamar ficou em 17,87%, dentro da meta de 17% a 21%.

Em setembro do ano passado, diante de uma aceleração da participação de títulos atrelados à Selic na dívida pública, o Tesouro revisou o PAF de 2024 e alterou a composição prevista para o ano. A pasta aumentou a fatia de títulos vinculados à Selic e reduziu as previsões para papéis ligados à inflação e prefixados.

No fechamento do ano, a participação dos papéis prefixados caiu a 21,99% do total, frente a 26,53% em dezembro de 2023. O patamar ficou dentro da meta atualizada de 22% a 26% para o ano. Os títulos atrelados à Selic, por sua vez, passaram de 39,66% no final de 2023 para 46,29%, dentro da meta de 43% a 47%.

Os papeis indexados à inflação fecharam 2024 em 26,96% da dívida, abaixo do patamar de 29,76% registrado um ano antes, sendo que a referência para o ano era de 25% a 29%. Já os títulos remunerados pelo câmbio tiveram participação de 4,76% da dívida total, ante 4,05% em dezembro de 2023, também dentro da faixa de 3% a 7% fixada como meta.

A participação de não residentes na dívida pública interna subiu de 9,48% para 10,20% no fim de 2024.

Plano de financiamento

Para 2025, a meta do Tesouro é que a dívida pública federal feche o ano no intervalo de 8,100 trilhões de reais a 8,500 trilhões de reais, bem acima dos 7,316 trilhões de reais do encerramento do ano passado.

A meta é que a parcela da dívida vencendo em 12 meses fique no intervalo de 16% a 20% em 2025, depois de ter fechado o ano passado em 17,9%. Já a meta para o prazo médio da dívida passará para a faixa entre 3,8 anos e 4,2 anos, depois de a proporção fechar 2024 em 4,0 anos.

A participação dos papéis prefixados, que fechou o ano passado em 22%, deverá ficar no intervalo entre 19% e 23%. Os papeis vinculados a índices de preços ficarão entre 24% e 28% de participação (27% em 2024), enquanto os títulos vinculados a câmbio ficarão entre 3% e 7% (4,8% em 2024).

Já os papéis atrelados à Selic subirão para patamar entre 48% e 52% neste ano, após encerrar 2024 em 46,3%.

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