Enquanto o Brasil celebra a regulamentação de sua energia eólica offshore, com potencial para atrair bilhões em investimentos, o presidente Donald Trump reafirma sua posição contrária às energias renováveis, vetando novos projetos eólicos nos Estados Unidos.
🌱 Brasil: Potencial Gigantesco em Eólicas Offshore
O Brasil sancionou recentemente o marco legal para energia eólica em alto-mar, posicionando-se como um dos grandes players globais no setor. Essa regulamentação é vista como um passo estratégico para fomentar investimentos, especialmente com a proximidade da COP30, que será sediada no país.
| Indicador | Dado Atual |
|---|---|
| Capacidade Offshore Planejada | 200 GW |
| Capacidade Onshore Atual | 23 GW (12% da matriz elétrica nacional) |
| Pedidos de Licenciamento (Ibama) | 103 projetos |
| Investimento Estimado | R$ 200 bilhões até 2035 |
| Primeiro Leilão Offshore | Previsto para 2025 |
Além disso, a nova legislação elimina custos adicionais de R$ 545 bilhões até 2050, ao vetar “jabutis” que incluíam contratação de térmicas e subsídios desnecessários.
🚫 Estados Unidos: Trump Bloqueia Novos Projetos Offshore
O presidente Donald Trump, prestes a assumir seu segundo mandato, anunciou que não permitirá a construção de novos parques eólicos offshore durante sua gestão. Sua política energética prioriza combustíveis fósseis, com nomeações de líderes pró-petróleo para cargos estratégicos.
| Medida de Trump | Impacto Esperado |
|---|---|
| Bloqueio de novos projetos offshore | Estagnação no setor de eólicas marítimas |
| Retirada do Acordo de Paris | Desaceleração de compromissos climáticos globais |
| Nomeação de Doug Burgum e Chris Wright | Aumento da prioridade ao petróleo e gás |
| Incentivo a combustíveis fósseis | Fortalecimento do carvão e petróleo nos Estados Unidos |
🌍 Comparação Brasil x Estados Unidos no Setor Eólico Offshore
| Aspecto | Brasil | Estados Unidos |
|---|---|---|
| Capacidade Offshore Planejada | 200 GW | 42 GW planejados (maioria bloqueada) |
| Apoio Governamental | Fortemente incentivado | Bloqueado pelo governo federal |
| Energia Renovável na Matriz | 12% da matriz com eólicas | 11% da matriz com eólicas |
| Legislação Recente | Marco legal sancionado em 2024 | Vetos federais sob Trump |
💭 Oportunidades para o Brasil
A postura de Trump contra as energias renováveis pode favorecer o Brasil de duas formas:
- Migração de Capital e Fornecedores: Empresas globais podem redirecionar investimentos para o Brasil, visto que o setor offshore nos Estados Unidos enfrenta incertezas.
- Visibilidade Internacional: A realização do primeiro leilão de áreas marítimas em 2025 e a COP30 consolidam o Brasil como referência no setor de energias limpas.
⚠️ Desafios do Brasil
Apesar do cenário promissor, especialistas destacam desafios importantes:
- Competitividade: A energia offshore é mais cara que alternativas onshore.
- Cadeia de Suprimentos: Falta de infraestrutura para suportar a expansão.
- Subsídios: Sem incentivos significativos, projetos podem não sair do papel.
| Custo por Fonte de Energia | Custo Estimado (R$/MWh) |
|---|---|
| Eólica Offshore | 400 a 600 |
| Eólica Onshore | 150 a 300 |
| Hidrelétrica | 180 a 250 |
| Solar Fotovoltaica | 200 a 350 |
🔍 A Visão dos Especialistas
- Elbia Gannoum (Abeeólica): “A posição de Trump pode favorecer o Brasil. Um leilão em 2025 é essencial para atrair investidores.”
- Edvaldo Santana (ex-Aneel): “A eólica onshore ainda é mais viável economicamente. Offshore só será relevante a partir de 2035.”
- Edmar Almeida (PUC-RJ): “A falta de competitividade econômica e desafios na cadeia de suprimentos dificultam o avanço no setor offshore.”
- Luís Barroso (PSR): “Sem subsídios robustos, a viabilidade da energia offshore no Brasil é questionável.”
O Brasil está em um momento decisivo para consolidar sua posição como líder em energias renováveis. Apesar dos desafios, a regulamentação recente e o foco em sustentabilidade podem atrair investidores e fomentar o desenvolvimento do setor offshore. Por outro lado, os Estados Unidos seguem uma direção oposta, priorizando combustíveis fósseis e colocando em risco seu protagonismo no combate às mudanças climáticas.
Você acha que o Brasil pode se tornar referência mundial em energia offshore? Deixe sua opinião nos comentários e continue acompanhando o Cenário Econômico para análises completas!
