Fiagro da FG/A faz primeiro aporte em CPR — e não é de produtor rural

Fiagro da FG/A faz primeiro aporte em CPR — e não é de produtor rural

Na esteira da maior procura de indústrias por títulos isentos, a FG/A estruturou uma CPR (Cédula de Produto Rural) de R$ 30,5 milhões para a Zinho, indústria de alimentos especializada na fabricação de pão de alho. Há 20 anos no mercado, a empresa também tem sede em Ribeirão Preto (SP).

O título saiu a uma taxa de CDI+3,5% ao ano e conta com garantia de 100% do montante captado em terrenos da região. Mais informações serão detalhadas no próximo relatório gerencial do fundo, escreveu a gestora em comunicado divulgado ontem (30).

O título foi absorvido integralmente pelo fiagro da casa, numa operação que inaugura o investimento do FGAA11 em ativos desse tipo. O aporte corresponde a 7,25% do patrimônio líquido do veículo.

Nesse formato, o investimento pode ser também um dos primeiros entre os fundos listados do agronegócio.

Tipicamente, a indústria de fiagros aloca recursos em CRAs, que têm CPRs como lastro para os títulos. Colocar dinheiro diretamente nas cédulas de produto rural é um movimento recente — até à publicação da norma exclusiva para os fundos do agro, no ano passado, não havia uma direção única sobre esse assunto.

Com a publicação da regra, há cerca de um ano, os fiagros passaram a poder investir diretamente em CPRs, desde que os regulamentos dos fundos já previssem a inclusão de novos ativos autorizados pela xerife do mercado de capitais.

Por ser um fiagro estruturado anteriormente à norma específica de fiagros, o regulamento do fundo ainda coloca esse tipo de título na categoria de “ativos de liquidez”. Trata-se de um dispositivo que permite, grosso modo, a alocação de até 33% do patrimônio líquido do fundo em novas formas de investimento autorizadas pela CVM, incluindo as CPRs.

De olho no futuro, para alinhar o veículo aos fundos que surgirão depois da publicação da regra, a gestora abriu uma consulta formal recentemente para migrar as CPRs, CDCAs e outros títulos de crédito rural de “ativos de liquidez” para “ativos alvo”, permitindo uma alocação maior do que os 33% atuais.

Com isso, o objetivo da gestora é aumentar o universo de investimento do FGAA11, com uma eficiência de custos maior em relação aos CRAs, sem alterar o perfil de riscos do fundo.

***

As cotas do FGAA11 fecharam esta quarta-feira em R$ 8,50. No ano, acumulam valorização de 8,4%.

Embraer fica livre de taxação e defende tarifa zero para setor

Embraer fica livre de taxação e defende tarifa zero para setor

Receita paga nesta quinta terceiro lote de restituição do IR de 2025

Receita paga nesta quinta terceiro lote de restituição do IR de 2025

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *