Irrigação chuva em lavoura de milho, frio, frente fria

Frio reaparece no próximo fim de semana após meses ausente

O outono começou há pouco mais de dez dias e, no próximo fim de semana, teremos a passagem da primeira frente fria típica desta estação. A temperatura promete despencar para perto de 0°C, com formação de geadas na madrugada do sábado nas áreas mais elevadas de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul.

Os termômetros também vão despencar em partes das regiões Sudeste, Centro-Oeste e Norte. Na capital paulista, estimam-se máximas inferiores aos 20°C, algo que não acontece desde meados de novembro passado. É importante salientar que, apesar da sensação térmica baixa, o frio não será intenso a ponto de levar geadas para áreas de milho do Paraná e de Mato Grosso do Sul, por exemplo.

Além disso, a combinação de ventos fortes e o oceano Atlântico mais quente que o normal irá gerar chuva forte e constante no litoral de São Paulo e em boa parte do estado do Rio de Janeiro entre os dias 4 e 7 de abril.

Algumas simulações indicam acumulados próximos dos 400mm em apenas três dias sobre municípios da região serrana do Rio, área agrícola importante para o estado, considerado um cinturão verde que abastece a capital, a Baixada Fluminense e a região metropolitana. O valor previsto é quase quatro vezes superior ao normal para todo o mês de abril.

No interior da região Sudeste e no Centro-Oeste, a chuva será bem mais modesta, mas manterá a umidade do solo para o desenvolvimento de café, cana de açúcar, laranja, milho e algodão. Estimam-se acumulados entre 20mm e 30mm até o próximo domingo em boa parte de Minas Gerais, na região da Mogiana paulista, sudoeste de Goiás e Mato Grosso. Já no Matopiba, a chuva será mais abrangente após o dia 10 de abril.

Umidade no limite

A continuidade das precipitações é bem-vinda para o Sudeste e algumas áreas do Centro-Oeste, onde a umidade do solo está por um fio apesar das chuvas terem sido mais intensas do que o previsto nos últimos dez dias, especialmente em São Paulo, Minas Gerais e Goiás. Houve um aumento da umidade do solo nas áreas de milho, café e cana, beneficiando o desenvolvimento das lavouras.

A situação atual, no entanto, não é confortável. Basta a chuva cessar para que a umidade superficial despenque. Falta água em níveis mais profundos do solo após a estiagem e o calor excessivo de fevereiro e de março. Além dos três estados, a umidade do solo também está no limite para o bom desenvolvimento agrícola no leste de Mato Grosso (Vale do Araguaia), sul do Tocantins, oeste da Bahia, Piauí e nordeste de Mato Grosso do Sul.

No Rio Grande do Sul, a chuva também reapareceu nos últimos dez dias, superando 70mm em alguns municípios, e a umidade do solo aumentou. Mas, no momento em que os gaúchos estão colhendo o que sobrou da soja após a intensa seca do verão, o ideal é que as precipitações venham de forma mais espaçada.

No sul de Mato Grosso do Sul, uma das áreas que registrou quebra da safra de soja pela seca do verão, a umidade do solo aumentou consideravelmente nos últimos sete dias, inclusive em níveis mais profundos, já que o acumulado alcançou até 120mm. Se por um lado, a produtividade da soja frustrou, por outro lado, há melhor perspectiva para a segunda safra de milho.

Em Mato Grosso, maior produtor de milho do País, apesar da menor umidade no Araguaia, as áreas majoritárias estão com chuva frequente e as lavouras apresentam ótimo desenvolvimento até o momento.

Nas próximas semanas, as portas continuarão abertas para a passagem de mais frentes frias. Além do sistema deste fim de semana, espera-se chuva forte no Rio Grande do Sul e Santa Catarina na primeira metade da próxima semana e em meados de abril.

Moraes nega pedido de prisão preventiva de Bolsonaro feito por vereadora do PT

Moraes nega pedido de prisão preventiva de Bolsonaro feito por vereadora do PT

Lula sanciona programa de reconstrução dentária no SUS para mulheres vítimas de violência

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *