Lavoura de trigo germinando com sinais de geadas

Geadas podem atingir o trigo do Paraná neste final de semana

Uma nova massa de ar polar avançará pelo Brasil neste fim de semana, com a possibilidade de geadas em lavouras de trigo do Paraná — que em sua maioria está em florada e frutificação, estágios de desenvolvimento que não suportam frio intenso.

De acordo com o Deral, 63% das áreas cultivadas no estado estão nessas duas fases. No próximo final de semana, estima-se mínimas entre 0°C e 4°C no Paraná Oeste, Planalto, Campos Gerais e Norte Pioneiro. Nessas regiões, parte da produção já tinha se perdido com a geada do fim de junho, que foi muito intensa até mesmo para o trigo.

A geada também alcançará áreas de cereal do Rio Grande do Sul, porém a maior parte da cultura ainda está em desenvolvimento vegetativo, com menor potencial para perdas. Nas áreas de café do sudeste, o frio será menos intenso com expectativa de mínimas em torno dos 5°C no início da semana que vem.

No início da segunda quinzena de agosto, o destaque será a chuva forte no centro e sul do Brasil com maiores acumulados sobre o oeste e sul do Paraná e de Santa Catarina e boa parte do Rio Grande do Sul.

Mais ao norte, entre o Mato Grosso do Sul e o norte do Paraná, embora o acumulado seja mais baixo, a precipitação novamente alcançará áreas de cana-de-açúcar em processo de colheita.

Próxima safra

Três grandes conjuntos de simulações (uma europeia, outra norte americana e outra de membros da Organização Meteorológica Mundial) mostram o mesmo cenário: de que o início do período úmido não irá atrasar na próxima primavera nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e no estado de Rondônia.

No ano passado, enquanto a chuva foi intensa entre Minas Gerais e Goiás em outubro, o estado de Mato Grosso demorou a iniciar o plantio de soja pela chuva mais irregular e calor excessivo. Desta vez, em 2025, espera-se chuva mais espalhada pelas regiões Sudeste e Centro-Oeste.

Por outro lado, os próximos meses serão caracterizados por chuva abaixo da média na região Sul. Em um primeiro momento, isso não será um problema por conta do desenvolvimento final e colheita das culturas de inverno.

Mas, lá na frente, entre o fim da primavera e o decorrer do verão, há risco de estiagens em áreas de soja e de milho nos três estados do Sul. Por enquanto, a expectativa para o oceano Pacífico é de neutralidade, porém com águas ligeiramente mais frias que o normal, situação que pode trazer seca ao Sul.

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