Ibovespa cai 1,6% com inflação acima das previsões nos EUA

O Ibovespa recua com força nesta quarta-feira (12), pressionado por dados de inflação mais fortes do que o esperado nos Estados Unidos. Por volta de 16h30, o principal índice da B3 caía 1,61%, a 124.446 pontos.

O CPI (que é basicamente o IPCA dos EUA) subiu 0,5% em janeiro, depois de alta de 0,4% no mês anterior. Em 12 meses, o índice avançou 3,0%, de 2,9% em dezembro. O mercado previa altas de 0,3% e 2,9%, respectivamente.

O núcleo do CPI, que exclui alimentos e energia, foi a 3,3% no ano; uma aceleração ante os 3,2% de dezembro. Essa medida é mais sólida, já que não contabiliza a variação de preços dos ítens mais voláteis – que pouco respondem à política de juros.

E o que mais importa é o seguinte: a curva da inflação por lá definitivamente deixou de apontar para baixo. E agora ela mostra uma resiliência inesperada. Veja aqui no gráfico:

Juros existem para combater a inflação. Se ela teima em não convergir para a meta americana (de 2% para o núcleo), esqueça: o Fed não vai voltar com os cortes de juros tão cedo por lá.

No momento, eles estão em 4,5% ao ano. Até ontem, 50% dos agentes do mercado acreditava que, no máximo até junho, viria um novo corte. Agora, depois da divulgação do CPI resiliente, essa proporção caiu para 32% – “correção” pesada para um único dia. Os dados são da pesquisa diária FedWatch, feita pelo CME Group.

Outro, e mais importante, indicador do impacto: as taxas de longo prazo também subiram com força. O Treasury com vencimento em 10 anos deu um salto vertical de 10 pontos-base, de 4,5% para 4,6%, logo que veio o anúncio do CPI – uma reação literalmente fora da curva.

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