Produção de maçã deve ter recuperação nesta safra

“Estamos iniciando mais um ciclo de colheita com grande expectativa. A qualidade da maçã está excelente, e a previsão é de que o aumento da produção traga ótimos resultados. Temos certeza de que este será um ano muito positivo para os produtores e consumidores”, frisa.

Ele ressalta que os frutos apresentam tamanho médio superior, boa coloração e características favoráveis para uma boa conservação após a colheita, o que pode garantir um aproveitamento ainda maior para embalagem e oferta de frutas frescas. Segundo a ABPM, a expectativa é que a oferta potencial seja 20% superior à de 2023/24.

A Fischer Agroindústria iniciou sua colheita no Estado de Santa Catarina no dia 27 de janeiro, com atividades concentradas em poucas áreas. A previsão é que o ritmo de colheita se intensifique nas próximas semanas.

Com 2.300 hectares de pomares próprios, a empresa mantém uma produção média de 80 mil toneladas por ano e também adquire cerca de 40 mil toneladas de maçãs de pequenos produtores parceiros.

Segundo Arival Pioli, diretor executivo da companhia, o volume de maçãs a ser colhido deve ser cerca de 10% maior que o registrado no ciclo anterior. “A grande surpresa este ano, porém, é a qualidade. A fruta está muito superior em relação ao ano passado, tanto em aparência quanto em qualidade”, destaca.

Ele diz que as maçãs estão não só visualmente atrativas – com boa coloração, lisura e aparência geral – mas também com características sensoriais aprimoradas, como suculência, crocância e sabor.

Pioli também comenta sobre o clima favorável, que tem contribuído para o desenvolvimento da safra, mas alertou para os riscos climáticos, comuns no setor. “Apesar das condições favoráveis, sabemos que tempestades, seca ou granizo podem impactar a qualidade e a produtividade da fruta, e esse risco permanece até o fim da colheita”, completa.

Clima ainda preocupa produtores

A produtora Kátia Fenner, de São Joaquim (SC), ainda não começou a colheita, prevista para meados de fevereiro. “Esta seria nossa primeira safra cheia, e esperávamos colher 50 toneladas. A expectativa era ótima, estava prometendo ótima produção, onde muitos [outros produtores] relatavam diminuição desta devido problemas desde a florada e frios tardios”, relata.

No entanto, as condições climáticas já começaram a frustrar as expectativas da produtora. No primeiro dia do ano uma chuva de granizo atingiu o pomar, afetando a qualidade das maçãs e o valor delas no mercado.

“Marcou muito a maçã e, desta forma, o valor comercial fica muito pouco. A estética dela fica comprometida, bem como a parte interna de algumas, também devido à força do impacto causado pelas pedras de granizo”, conta Kátia. Ela explica que o valor pago pelas frutas atingidas deve ser bastante inferior ao de frutas em perfeito estado, uma vez que devem seguir para a indústria e lojas “sacolão”.

O clima foi o maior desafio da safra até o momento, pontua a produtora. “Muito descontrolado, tivemos pouca luminosidade do sol em tempos da floração para as abelhas trabalharem e frios com geadas também”, diz.

A preocupação, de agora em diante, é com a possibilidade de chuvas intensas e com granizo “para não acelerar a maturação da fruta, porque atrasa todo o trabalho, e a maçã precisa ser colhida antes da sua total maturação para ser armazenada nas câmaras frias”, aponta Kátia.

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