A Raízen fechou o terceiro trimestre da safra 2024/25 (outubro a dezembro) com um prejuízo líquido de R$ 2,5 bilhões. Um ano antes, a empresa havia registrado lucro de R$ 793,3 milhões.
Em comunicado, a empresa informou que o desempenho operacional e o aumento das despesas afetaram o resultado. A receita líquida, por sua vez, cresceu 14,3% na mesma base de comparação, para R$ 66,8 bilhões.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) caiu 20,5%, para R$ 3,1 bilhões.
A Raízen destacou que a queda do Ebitda no trimestre deveu-se à perda de moagem decorrente do clima adverso e dos incêndios nos canaviais de agosto do ano passado, que afetaram a qualidade da cana e o mix de produção.
“Com isso, houve redução substancial da produção de açúcar e menor disponibilidade de produto, resultando em uma dinâmica de custos menos favorável devido ao efeito de menor diluição sobre a parcela fixa dos custos e impactos inflacionários”, disse a empresa.
Nos nove primeiros meses da safra 2024/25 (abril a dezembro), a moagem de cana da empresa diminuiu 6,9% na comparação com o mesmo intervalo do ciclo anterior, para 77,5 milhões de toneladas.
“A piora da qualidade da cana também gerou desafios para cristalização e produção de açúcar, compensada por um aumento proporcional na produção de etanol. Por consequência, a eficiência industrial foi prejudicada, resultando na diminuição do ritmo de moagem e nos níveis de produção, com menor disponibilidade de produto para venda”, destacou a Raízen.