Faria Lima respira aliviada com solução de crise da Virgo

Virgo será vendida à Riza, dissipando crise de confiança

Os sócios da Riza acabam de assinar um acordo não vinculante para a aquisição da Virgo, resolvendo a crise de confiança que explodiu após as revelações de que a securitizadora de Ivo Kos usou recursos de clientes de forma indevida para investir em um CRI (Certificado de Recebível Imobiliário) da Cedro Participações.

A aquisição da Virgo pela Riza foi antecipada pelo Pipeline, e confirmada pela Virgo em comunicado ao mercado.

Na negociação, a Riza deu uma solução para o CRI da Cedro Participações, o que vai liberar os recursos dos fundos de reservas de clientes que foram alocados nessa operação.

Nas costuras, a Riza encontrou compradores para esses ativos, que não necessariamente serão alocados pela gestora fundada por Daniel Lemos.

Aliás, o M&A não foi feito pela asset. A holding da Riza é que está comprando a Virgo. Controlada por Lemos, Paulo Mesquita e Renato Jerusalmi, a holding possui outros ativos além da asset, incluindo a Mousik (que gerencia ativos musicais) e a RZA, que atua na área ambiental.

Quem acompanhou o teor das conversas elogiou a postura de Ivo Kos. Depois de ser colocado em xeque após as denúncias feitas pelo ex-funcionário Eduardo Levy, o controlador da Virgo aceitou uma negociação em termos que poucos apostavam no início.

Kos está vendendo o controle sem receber um real, disse uma fonte. Pelos termos do acordo, o fundador da Virgo aceitou ficar com um earnout, que vai ser pago daqui a cinco anos conforme os resultados da securitizadora, apurou The AgriBiz.

Em compensação, a Riza vai assumir as dívidas que a Virgo fez há alguns meses para quitar uma debênture conversível detida pela XP – deixando Kos como o único acionista da securitizadora, na época.

Essas dívidas, da ordem de R$ 50 milhões, possuem três bancos como credores. O Bradesco é o maior deles, com R$ 35 milhões. Daycoval e Safra compõem o restante.

Nas negociações, a Virgo foi assessorada por Marco Gonçalves, da CVPar. Marcão, como ele é mais conhecido na Faria Lima, é um exímio negociador de M&As. Já esteve no BTG Pactual, XP Investimentos e Safra.

Pelos termos do acordo anunciado nesta sexta-feira, a Riza terá 60 dias para concluir a diligência e fechar a aquisição. Na Faria Lima, a transação foi vista com grande alívio, resolvendo um problema que poderia provocar vários danos no mercado de securitização imobiliária.

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