Trump Anuncia Emergência para Revitalizar Setor de Energia Tradicional.
Donald Trump declarou emergência energética nacional nesta quinta-feira, com o objetivo de acelerar a produção de combustíveis fósseis, incluindo carvão, petróleo e gás natural. Batizada de “Powering Up America”, a iniciativa visa suprir a demanda crescente de energia, impulsionada por data centers de inteligência artificial, eletrificação de indústrias e realocação de empresas. A medida representa uma reversão às políticas ambientais do governo Biden-Harris, que Trump critica por “aumentar custos e reduzir a competitividade dos EUA”.
Carvão como Pilar Estratégico
Em participação virtual no Fórum Econômico Mundial em Davos, Trump destacou o carvão como recurso vital: “Temos reservas gigantescas de carvão limpo, petróleo e gás. Se oleodutos ou gasodutos forem sabotados, o carvão garantirá segurança energética.” O ex-presidente reforçou que os EUA possuem as maiores reservas mundiais de combustíveis fósseis, embora ocupem o 4º lugar em produção de carvão, atrás de China, Índia e Indonésia.
Impacto Imediato no Mercado
- Peabody Energy (maior mineradora de carvão dos EUA): Ações subiram 7,6% após o discurso, maior alta desde novembro de 2023.
- Índice Russell 3000 do subsetor de carvão: Valorização de 4,2%, refletindo otimismo com políticas pró-combustíveis fósseis.
- China: Avanço na produção de carvão para oferecer energia barata e consolidar vantagem industrial global.
Debates Sobre Viabilidade Econômica
Analistas divergem sobre o futuro do carvão nos EUA:
- Will Wade (Bloomberg): “Trump mantém apoio histórico ao setor, mas o carvão não é foco central desta campanha.”
- Javier Blas (Bloomberg): “O gás de xisto, abundante e barato, tornou usinas a carvão obsoletas. A batalha real é entre gás e renováveis.”
Transição Energética em Xeque
Apesar de 25% das usinas a carvão dos EUA estarem programadas para fechar até 2040, Trump argumenta que combustíveis fósseis são necessários para uma transição estável para energia nuclear e outras fontes limpas. O plano promete:
- Redução de custos energéticos para consumidores, após altas nos preços durante o governo Biden.
- Competitividade frente à China, que combina carvão e investimentos em renováveis para dominar mercados.
Desafios e Críticas
Enquanto defensores celebram a potencial geração de empregos e independência energética, opositores alertam que a estratégia pode:
- Atrasar inovações em energia solar, eólica e hidrogênio verde.
- Aumentar emissões de carbono, contrariando acordos climáticos globais.
- Criar dependência de infraestruturas vulneráveis a crises geopolíticas.
O Caminho à Frente
A emergência energética de Trump reacende o debate entre segurança imediata e sustentabilidade de longo prazo. Enquanto a China avança em um modelo híbrido (carvão + limpas), os EUA enfrentam pressão para equilibrar demandas industriais, custos à população e liderança na corrida climática.